Vídeos: (1) Gols e (2) melhores momentos.
Santos 4 x 2 Guarani
Data: 13/05/2012, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Paulista – Final – Jogo de volta
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo, SP.
Público: 53.749
Renda: R$ 2.667.232,00
Árbitro: Paulo César de Oliveira
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse e Vicente Romano Neto.
Cartões amarelos: Neymar, Juan e Alan Kardec (S); Bruno Recife (G).
Gols: Alan Kardec (01-1), Fabinho (04-1), Neymar (08-1, de pênalti) e Bruno Mendes (16-1); Neymar (26-2) e Alan Kardec (46-2).
SANTOS
Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan (Léo); Arouca, Ibson, Elano (Felipe Anderson) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alan Kardec.
Técnico: Muricy Ramalho
GUARANI
Emerson; Bruno Peres, Domingos, André Leone e Bruno Recife; Ewerton Páscoa (Thiaguinho), Fábio Bahia, Danilo Sacramento e Medina (Max Pardalzinho); Bruno Mendes (Ronaldo) e Fabinho.
Técnico: Oswaldo Alvarez
Santos confirma vantagem, dá “olé” e leva o Tri do Paulista
Com dois gols de Neymar e dois de Kardec, time venceu Guarani por 4 a 2 e conquistou o estadual no Morumbi
O que tem virado rotina ultimamente aconteceu no Morumbi. Com goleada e olé, o Santos conseguiu confirmar a vantagem conquistada no primeiro jogo da final, venceu o Guarani por 4 a 2 e levou o terceiro título consecutivo do Campeonato Paulista . O feito da geração Neymar , conquistado neste domingo, iguala o alcançado pelo time de era Pelé, que conseguiu dois tricampeonatos na década de 1960.
Num Morumbi que não lotou, mas esteve cheio, com 53 mil torcedores, a maioria santista viu o time vencer o quinto título da era Neymar. Com a vantagem conquistada na vitória da primeira final, por 3 a 0, a torcida do Santos chegou ao estádio já em festa. Faixas e camisas comemorativas ao título eram vendidas em frente ao Morumbi horas antes da partida começar.
Os gols começaram a surgir logo no início do jogo. Com o rival precisando vencer, o Santos aproveitou os contra-ataques. Assim, marcou com Alan Kardec logo no primeiro minuto da final.
A facilidade que encontrava no ataque, não era a mesma na defesa. Em duas falhas, primeiro do goleiro Rafael e depois de Durval , o Guarani fez os seus gols. “Time experiente não pode errar assim”, reclamava o capitão do time, Edu Dracena , na saída do campo para intervalo.
No segundo tempo, o Santos se corrigiu, acalmou a partida, eliminou os erros e segurou o placar dominando a bola, atacando as vezes e impedindo avanços do Guarani. Assim, voltou a ficar a frente no placar, com mais um gol de Neymar e outro de Alan Kardec.
Se não chegou a se poupar, o time evitou riscos. Motivo para isso teve. Na próxima quinta-feira, enfrenta o Velez, na Argentina, pelas quartas de final da Libertadores da América.
O jogo
Em campo, um minuto de jogo foi suficiente para o Guarani ver que sempre que algo está ruim ainda pode piorar. No primeiro ataque santista, Neymar trabalhou como armador. Na frente da área, atacante driblou e, ficou de costas para o gol e viu Elano livre na direita. O meia recebeu e de primeira tocou para a área. A bola sobre para Alan Kardec tocar para o gol.
A necessidade de fazer quatro gols e não levar mais nenhum desanimou ainda mais os cerca de três mil torcedores do clube de Campinas. Os jogadores, entretanto, não deixaram de tentar. Aos 4 minutos, Fabinho empatou a partida, após falha de Rafael, que deixou a bola escapar de suas mãos após cruzamento e deixou o rival marcar.
Dois minutos depois, o Santos voltou a ficar à frente no placar. Em jogada de Juan na área, Bruno Peres tocou com a mão na bola e Paulo César de Oliveira marcou pênalti. Neymar cobrou e marcou o segundo gol santista.
O abismo entre Santos e Guarani, que agora precisava fazer quatro gols não impediu o time de Campinas de jogar. Alias, sendo melhor até que o rival. Aos 16 minutos, voltou a igualar o placar com gol de Bruno Mendes, depois de falha de Durval.
Mesmo sem alterações no intervalo, Muricy Ramalho conseguiu mudar a forma de jogar do Santos, que deixou de ser passivo no segundo tempo e voltou a ter mais posse no jogo. Com calma e a genialidade de Neymar, os santistas marcaram o terceiro gol.
O atacante recebeu a bola dentro da área e, aos 26 minutos do segundo, deu a vantagem ao Santos. O que veio depois foi a festa, com direito a dribles e firulas no campo, mais um gol de Alan Kardec e gritos de olé nas arquibancadas.
Santos conquista o tri e se iguala ao São Paulo com 20 títulos na história
Em 2005, data do último troféu do Tricolor, Peixe estava cinco conquistas atrás. Ainda faltam dois para chegar no Palmeiras e seis no Corinthians
A lista dos maiores campeões paulistas até 2005 colocava o Santos longe de seus maiores adversários. O São Paulo, após a conquista daquele ano, chegou ao seu vigésimo troféu, e abriu cinco títulos de diferença em relação ao Peixe – com este número, o Tricolor aparecia de forma isolada na terceira colocação entre os maiores do estado. Na época, poucos acreditavam que o alvinegro praiano conseguiria igualar a marca tão rapidamente. Mas conseguiu. Com a conquista deste domingo, após vencer o Guarani na decisão, o Santos subiu uma posição na tabela e se igualou ao São Paulo.
Este número gera um pouco de polêmica e nem todos concordam com ele, já que o time do Morumbi computa o título de 1931, vencido pelo São Paulo da Floresta, um dos clubes que deram origem ao atual. O desentendimento é devido ao São Paulo ter sido fundado em 1935 – como explicar, portanto, um título de quatro anos antes?
Além deste, existe a conquista do Supercampeonato Paulista, em 2002. Naquele ano, houve um torneio Rio-São Paulo com 16 times (sendo nove paulistas). No estadual entraram em campo apenas os times do interior. No Supercampeonato, Corinthians, Palmeiras e São Paulo jogaram um quadrangular com o Ituano, que venceu a competição com os menores. O Tricolor sagrou-se campeão.
De qualquer forma, o time da Baixada ainda está a duas conquistas de chegar no Palmeiras, com 22. Para ser o maior vitorioso do Campeonato Paulista, a coisa vai ser um pouco mais difícil. Atualmente com 20 títulos, o Santos precisa vencer mais seis para igualar o Corinthians, clube paulista que acumula mais conquistas na história da competição.
Mas as chances de subir alguns postos nas próximas temporadas são grandes. O Peixe ostenta uma hegemonia respeitável nas últimas edições. O time é o atual tricampeão. Desde 2010 o troféu está exposto no Memorial de Conquistas da Vila Belmiro. Se levar em conta as últimas sete edições da competição, os números são ainda mais surpreendentes. Cinco vezes os santistas levantaram a taça. Após o bicampeonato em 2006-07, o Palmeiras conquistou o título no ano seguinte e o Corinthians em 2009.
Destes campeões, apenas um conseguiu o título quatro vezes consecutivas: o Paulistano (1916-17-18-19). Alguns clubes são tricampeões. O Corinthians conseguiu três vezes o tri, e Palmeiras e São Paulo Athletic, uma vez cada. A conquista deste domingo coloca o Peixe ao lado do Timão como paulista com mais tris.
Após conquistar o Paulista, Santos quer repetir era Pelé na Libertadores
Próximo objetivo do time da Vila Belmiro é ganhar o principal torneio de clubes do continente pela segunda vez seguida
O Santos fez história neste domingo ao vencer o Guarani e conquistar o terceiro título consecutivo do Campeonato Paulista. Desde a era Pelé, o time da Vila Belmiro não comemorava o tricampeonato estadual. Agora, Neymar, Ganso e companhia querem repetir um feito ainda maior: ganhar pela segunda vez seguida a Copa Libertadores.
Com o melhor jogador da história do futebol, o Santos faturou a Copa Libertadores em 1962 e 1963. Primeiro, o time brasileiro derrotou o Peñarol na decisão. No ano seguinte, a vítima foi o Boca Juniors.
Por coincidência, em 2011, o Santos comemorou o título da principal competição de clubes do continente justamente contra o Peñarol. De quebra, a equipe comanda pelo técnico Muricy Ramalho pode decidir o título desta edição contra o Boca Juniros.
Para isso, o Santos precisa eliminar o Veléz, nas quartas de final, e passar pelo vencedor do duelo entre Corinthians e Vasco. Já o Boca tem de eliminar o Fluminense e despachar o vencedor de Universidad de Chile e Libertad.
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