13/11/2005 – Santos 0 x 4 Internacional – Campeonato Brasileiro


Vídeos: (1) Gols e (2) entrevista com técnico Nelsinho Baptista.

Santos 0 x 4 Internacional

Data: 13/11/2005, domingo, 18h10.
Competição: Campeonato Brasileiro – 38ª rodada
Local: Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano, SP.
Público e renda: jogo realizado com portões fechados.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (RS)
Auxiliares: José Ricardo Maciel Linhares (RS) e Robson Guijansque (RS)
Cartões amarelos: Luiz Alberto e Zé Elias (S); Perdigão, Ceará e Gavilán (I).
Cartão vermelho: Kleber (S)
Gols: Alex (27-1) e Alex (37-1); Rafael Sobis (31-2) e Rafael Sóbis (45-2).

SANTOS
Mauro; Zé Leandro, Matheus, Luiz Alberto e Kleber; Fabinho (Zé Elias) (Bruno), Heleno, Wendel e Giovanni (Luciano Henrique); Pitbull e Geílson.
Técnico: Nelsinho Baptista

INTERNACIONAL
Clemer; Ceará, Ediglê, Vinícius e Alex; Edinho, Gavilán, Tinga (Wellington) e Ricardinho (Márcio Mossoró); Fernandão (Iarley) e Rafael Sobis.
Técnico: Muricy Ramalho



Inter goleia desmotivado Santos e mantém sonho

O tempo é mais curto, mas o Internacional ainda sonha com o título do Campeonato Brasileiro. E para manter tais esperanças vivas, a equipe gaúcha fez sua parte na noite deste domingo e goleou o Santos por 4 a 0 no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, com portões fechados. O jogo fechou a 38ª rodada.

Diante de um Santos com poucos objetivos concretos e vítima de aparente desmotivação, o Inter não teve maiores dificuldades para conseguir o triunfo que o levou a 71 pontos na classificação. O time de Muricy Ramalho se mantém em segundo lugar e está a seis do líder Corinthians, restando quatro rodadas para o fim da competição.

“Soubemos aproveitar o momento do Santos, que não é dos melhores, e conseguimos alcançar uma grande vitória”, comemorou o meia Perdigão. “Apesar do placar mais folgado, o jogo foi complicado”, emendou.

No Santos, o clima ficou ainda mais tenso. Depois de ser humilhado na rodada anterior, quando foi goleado por 7 a 1 pelo arqui-rival Corinthians, o time paulista já descumpre a determinação de seu presidente, Marcelo Teixeira. Durante a semana, o dirigente cobrou cinco triunfos da equipe nas últimas cinco rodadas do Brasileiro.

A derrota ainda implica na pior seqüência da equipe litorânea desde o início do Nacional, em 1971. Pela primeira vez na história da competição, o Santos sofre quatro tropeços seguidos, já que vinha de resultados desfavoráveis contra Cruzeiro (1 x 2), Ponte Preta (1 x 2) e Corinthians (1 x 7).

Com 55 pontos e em oitavo lugar, o time de Nelsinho Baptista não briga por nada além de uma vaga na próxima Copa Sul-Americana, despedindo-se matematicamente das chances de voltar à Copa Libertadores em 2006.

O Internacional, por sua vez, esquece um pouco a derrota para o Boca Juniors na última quinta-feira, quando foi eliminado nas quartas-de-final da Copa Sul-Americana com derrota por 4 a 1. Embora precise contar com a sorte e tropeços do Corinthians, a equipe gaúcha continua sua perseguição ao que seria seu quarto título do Brasileiro.

As duas equipes voltam a campo na noite desta quarta-feira. O Santos cumpre o terceiro jogo de suspensão da Vila Belmiro e recebe o Paraná no estádio do Pacaembu, na capital paulista, também com portões fechados. Já o Inter atua diante de sua torcida, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, contra o Brasiliense.

O jogo

As duas equipes começaram a partida de maneira parecida. Tentando fazer a ligação rápida entre defesa e ataque, Santos e Internacional mostraram postura ofensiva nos minutos iniciais, mas sem ameaçar muito as metas de Mauro e Clemer.

Pelos lados da equipe paulista, Geílson foi quem mais levou perigo ao gol gaúcho. Em sua primeira oportunidade, aos 17min, ele recebeu dentro da área e bateu com força, mas Tinga o prensou na hora do chute e desviou pela linha de fundo. Depois, ele completou cruzamento da direita de cabeça e assustou Clemer.

Já o Inter, com leve vantagem no meio-campo em termos de criação, chegou com mais facilidade à área santista, tendo dificuldade no momento das finalizações. Mesmo assim, conseguiu sair na frente no placar do Anacleto Campanella.

Aos 27min, Alex cobrou falta da entrada da área no canto direito baixo de Mauro, que, encoberto pela barreira “falsa” montada pelo time gaúcho, deixou a bola passar sob seus braços antes de furar a rede do gol santista.

O mesmo Alex ampliou a diferença dos gaúchos dez minutos mais tarde, em cobrança de pênalti. Rafael Sobis deu belo drible dentro da área sobre Giovanni e Luiz Alberto e acabou derrubado pelo zagueiro. Alex não desperdiçou a penalidade e marcou seu segundo gol no jogo.

No intervalo, Nelsinho Baptista tentou mexer com o brio da equipe fazendo duas alterações: ele colocou Luciano Henrique e Zé Elias, sacando Giovanni e Fabinho. As mexidas, no entanto, pouco surtiram efeito, principalmente devido à expulsão de Kléber aos 16min.

O lateral-esquerdo cometeu falta no meio-campo e foi punido com o amarelo. Nervoso, reclamou com o árbitro e recebeu o vermelho logo em seguida, deixando o Santos com um atleta a menos em campo. Se já estava perdido em igualdade numérica, o time paulista ficou ainda mais frágil.

Melhor para o Internacional, que passou administrar a vantagem com inteligência na etapa final. Sobrando em campo, a equipe gaúcha decretou a vitória aos 31min. Ceará arriscou de longe e Mauro deu rebote. Livre de maração, Rafael Sobis aproveitou a sobra e fez o terceiro.

O mesmo Rafael Sobis ainda teve tempo de fazer seu segundo gol no jogo. Aos 45min, após rápido contra-ataque, ele recebeu passe de Iarley, dominou com tranqüilidade e definiu a goleada gaúcha.

Nelsinho faz crítica ao antecessor Gallo

Treinador classifica como “horrível” trabalho feito antes de sua chegada à Vila Belmiro e pede paciência para reerguer equipe.

O técnico Nelsinho Baptista elegeu quem, para ele, foi fundamental para o momento crítico que o Santos passa atualmente. Segundo o comandante do Peixe, o planejamento feito por seu antecessor Gallo apresenta muitas falhas e os resultados estão aparecendo nesta reta final de Campeonato Brasileiro.

“Quem passou por aqui deixou um trabalho horrível. Estou tentando consertar o que foi feito e não estou conseguindo porque a coisa realmente é muito difícil”, disparou Nelsinho, que não acredita que sua imagem está sendo manchada devido à campanha santista.

O Peixe foi goleado por 4 a 0 pelo Internacional neste domingo e, na rodada anterior, levou 7 a 1 do arqui-rival Corinthians, resultados que eliminaram matematicamente as chances de a equipe alcançar uma vaga na próxima Copa Libertadores.

“Aceitei um desafio e sabia o que ia enfrentar, mas não tenho minha imagem arranhada, pois não fiz nada desse planejamento atual, apenas estou trabalhando com o que me deram”, emendou o treinador santista.

Agora, restando quatro rodadas para o fim do Nacional, Nelsinho aposta na paciência para tentar reerguer o Santos. “Precisamos ter paciência para conversar com os jogadores para fazermos o melhor possível nos últimos jogos. Se não tivermos capacidade e paciência para reverter essa situação ficará difícil”, disse.

Kleber é cobrado por expulsão em goleada

Lateral-esquerdo recebeu o cartão vermelho no início do segundo tempo, atrapalhando reação do Santos, segundo Nelsinho Baptista.

A expulsão de Kleber no início do segundo tempo da partida contra o Internacional, neste domingo, irritou o técnico Nelsinho Baptista. Segundo ele, o lateral-esquerdo comprometeu uma eventual reação do Santos, derrotado por 4 a 0 pela equipe gaúcho no Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul.

“Fui cobrá-lo porque não é possível perder um jogador como perdemos o Kleber, até porque ele estava muito bem no jogo. A perda dele para nós foi fundamental”, analisou o comandante do Peixe, que perdeu o camisa 3 por reclamação com o árbitro.

“Depois do intervalo, o time estava mais rápido em campo, com mais velocidade. Quando equilibramos o jogo, acabamos sofrendo a expulsão e o Inter cresceu novamente, fazendo mais dois gols”, argumentou.

Além de Kleber, outro experiente atleta do elenco alvinegro foi bastante exigido por Nelsinho. O meia Giovanni, ídolo da torcida do Santos, foi substituído ainda no intervalo da partida deste domingo por Luciano Henrique.

“Ele tem que render muito mais, porque o futebol moderno exige isso. Se o jogador não tem a movimentação ideal dentro da necessidade do jogo fica difícil”, comentou o treinador, visivelmente irritado.

Santos tenta achar causa de novo revés

Após segunda goleada consecutiva, jogadores buscam explicações para justificar queda da equipe na reta final do Brasileiro.

Depois de sofrer a quarta derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro, algo inédito no Santos desde a criação do torneio, o elenco alvinegro tentou encontrar explicações para o momento crítico que o clube vive no final da temporada.

Para o volante Fabinho, a goleada sofrida diante do Internacional neste domingo deveu-se principalmente às falhas individuais, sobretudo no primeiro tempo, quando o Peixe já perdia por 2 a 0. No primeiro gol, Mauro falhou em cobrança de falta. No segundo, Luiz Alberto cometeu pênalti sobre Rafael Sobis.

“Tivemos erros individuais e acabamos tomando os gols, mas isso é algo normal no futebol”, avaliou Fabinho. Mauro assumiu a falha no primeiro gol: “Toquei na bola, mas não consegui evitar o gol. Infelizmente aconteceu”.

Já o zagueiro Luiz Alberto não soube explicar a razão para o abatimento do time na partida contra os gaúchos. “Não sei o que está acontecendo, mas não é por culpa da pressão. Sabemos que somos profissionais e temos que fazer nosso trabalho”, disse o defensor, que teve a “companhia” de Wendel em seu discurso.

“Nossa situação é complicada. A única solução é correr”, resumiu o meio-campista do Peixe. Giovanni, por sua vez, evitou dar declarações após o apito inicial. Antes da partida, ele mostrou confiança em conseguir um bom resultado. No entanto, depois de primeiro tempo apagado, acabou substituído no intervalo por Luciano Henrique.

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