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06/08/2006 – Santos 2 x 1 Internacional – Campeonato Brasileiro

Santos 2 x 1 Internacional

Data: 06/08/2006, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 15ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 10.300 pagantes
Renda: R$ 122.050,00
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (RJ)
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues e Dibert Pedrosa Moisés (ambos do RJ)
Cartões amarelos: Maldonado (S), Ronaldo Guiaro (S) e Wendel (S); Álvaro, Perdigão, Iarley, Ediglê e Wellington Monteiro (I).
Cartão vermelho: Reinaldo (S)
Gols: Iarley (10-1); Wendel (39-2) e Wendel (46-2).

SANTOS
Fábio Costa; Manzur (André), Luiz Alberto e Ronaldo Guiaro; Denis, Maldonado, Cléber Santana (Wendel), Rodrigo Tabata (Wellington Paulista) e Carlinhos; Rodrigo Tiuí e Reinaldo.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

INTERNACIONAL
Renan; Alvaro, Índio, Ediglê e Rubens Cardoso; Wellington Monteiro, Tinga (Michael), Perdigão (Camozzato) e Michel; Iarley e Mossoró (Adriano).
Técnico: Abel Braga



Na raça, Santos vira jogo no final contra o Inter ‘B’

Mesmo sem realizar grande partida, o Santos venceu o Internacional por 2 a 1, com virada nos minutos finais da partida vinda dos pés do meio-campista Wendel. O resultado mantém a boa fase da equipe e a invencibilidade do time alvinegro atuando na Vila Belmiro, no Campeonato Brasileiro. Já o Internacional, que foi a campo com o time reserva devido à final da Copa Libertadores na quarta-feira, se distanciou da liderança.

Com o resultado, o técnico Vanderlei Luxemburgo atingiu sua meta e chegou à zona de classificação para a Libertadores, com 27 pontos, na terceira posição. Já a equipe gaúcha continua com os mesmos 26 pontos, em quinto lugar.

A vitória comprovou que o Santos é uma das melhores equipes do Brasil quando atua em seu território. Isso porque em sete jogos realizados na Vila Belmiro, a equipe alvinegra venceu seis e empatou apenas um, com o excelente aproveitamento de 90,5% dos pontos disputados.

E a vitória deste domingo veio com muita força de vontade dos jogadores santistas. Isso porque no final do segundo tempo, o time perdeu dois jogadores: Reinaldo, expulso, e Maldonado, que saiu lesionado e não pôde ser substituído devido ao número de mudanças antes realizadas. E foi nesse período que brilhou a estrela de Wendel, responsável pela virada.

Assim como fez no último fim de semana, quando goleou o São Paulo por 4 a 0, o Santos encarou uma equipe finalista da Copa Libertadores. Contudo, nas duas oportunidades enfrentou os reservas e soube tirar proveito de ambas.

“O importante é conseguir a vitória. Não tem essa de jogar contra um time reserva, isso é bobagem. Nós jogamos contra o Internacional. E ganhar em casa é fundamental, porque não podemos desperdiçar pontos”, comentou Luxemburgo.

O único atleta considerado titular do time colorado que começou a partida foi o meio-campista Tinga. Afastado desde a partida contra a LDU, no dia 19 de julho, devido a uma lesão muscular, o jogador atuou durante os primeiros 45 minutos com boa movimentação e ainda dando assistência para o primeiro gol do clube colorado, marcado por Iarley.

Agora, o Internacional continuará na cidade da Baixada, onde realizará o restante da preparação no Centro de Treinamento Rei Pelé até o dia da grande final, contra o São Paulo. O Santos, por sua vez, só voltará a campo no próximo domingo, contra o Paraná, em Curitiba.

O jogo

Quando a partida começou, ambos os times forçaram as jogadas pelo meio, sempre esbarrando na marcação adversária. Aos poucos, os anfitriões se soltaram mais, principalmente pela ala direita, com avanços de Denis. Mas a equipe de Luxemburgo também sentiu a falta de um dos principais armadores da equipe, o lateral Kleber, que cumpriu suspensão.

Quando o clube alvinegro ensaiou o início de uma pressão ofensiva, o Inter saiu na frente, aos 10min. Tinga deu passe para Iarley na entrada da área, e o atacante chutou cruzado, no canto direito do goleiro Fábio Costa. A bola ainda bateu na trave antes de entrar na meta santista.

A equipe da casa sentiu o gol e diminuiu o ritmo imposto no começo do confronto. Sendo assim, o técnico Luxemburgo alterou o esquema de jogo logo aos 19min, sacando o zagueiro Manzur para a entrada do meia-atacante André. Com isso, o Santos saiu do 3-5-2 e foi para o 4-4-2, o que melhorou muito a movimentação do time.

Com o decorrer do jogo, a equipe da Vila Belmiro passou a dominar as ações no campo de ataque e passou a criar novas chances pelas laterais. Mesmo assim, o clube de Abel Braga continuou levando perigo ao gol de Fábio Costa, principalmente nas jogadas de contra-ataque. Contudo, o placar não foi alterado até o intervalo.

Na segunda etapa, os anfitriões voltaram com o mesmo ritmo atrás do gol de empate. No entanto, deixaram muito espaço para as subidas do adversário. O time gaúcho recuou no campo de defesa, forçando a marcação, mas continuou explorando os contra-ataques.

Aos 13min, o Santos criou nova oportunidade para marcar, porém, sem sucesso. Wellington Amorin, que entrou no lugar de Rodrigo Tabata, invadiu a área colorada pela direita e chutou forte. Entretanto, a bola foi para as redes pelo lado de fora.

Como o empate parecia estar cada vez mais difícil, o time da Baixada ficou com os ânimos mais exaltados e sofreu uma baixa aos 29min. O atacante Reinaldo sofreu falta da Álvaro no meio-de-campo. O jogador santista ficou muito irritado com o lance e chutou o volante Perdigão na frente do árbitro Wagner Tardelli, que expulsou o atleta.

O empate só saiu aos 39min. Wendel acertou um belo chute de falta, no ângulo direito do goleiro Renan, que nada pôde fazer para evitar a igualdade santista. E a virada saiu seis minutos depois, em pênalti de Rubens Cardoso em cima de Denis. Wendel bateu bem e decretou a virada.

Retorno à Vila

A partida deste domingo também marcou a reestréia de duas importantes peças no esquema de Vanderlei Luxemburgo. Após longo período afastados dos gramados, o meia Cléber Santana e o atacante Jonas voltaram a atuar no time titular e ajudaram o Santos a conquistar o triunfo, mesmo com atuação discreta.

O meio-campista desfalcou a equipe durante 60 dias devido à suspensão imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por uma cotovelada desferida no volante Marcinho Guerreiro, do Palmeiras. Já o atacante estava afastado desde fevereiro por causa de uma cirurgia no joelho após lesão no ligamento cruzado.

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