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03/05/2006 – Ipatinga 1 x 1 Santos – 5 x 3 pênaltis – Copa do Brasil

Ipatinga 1 x 1 Santos – Pênaltis: 5 x 3

Data: 03/05/2006, quarta-feira, 21h45.
Competição: Copa do Brasil – Quartas-de-final – Jogo de volta
Local: Estádio Epaminondas Mendes Brito, o Ipatingão, em Ipatinga, MG.
Público e Renda: N/D
Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR)
Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Ildelfonso Trombeta (PR)
Gols: Kléber (23-1) e Henrique (42-1).
Pênaltis: Marcio Guerreiro, André, Enrico, Jaílton e Marinho Donizete fizeram para o Ipatinga; Léo Lima, Cléber Santana e Wellington Paulista fizeram para o Santos; e Kléber desperdiçou pelo Santos.

IPATINGA
Rodrigo Posso; Denis, Irineu, Teco e Ronildo (Marinho Donizete); Henrique (Gustavinho), Paulinho, Jaílton e Anderson Tôto (Marcio Guerreiro); Enrico e André.
Técnico: Ney Franco

SANTOS
Fábio Costa; Luiz Alberto (Domingos), Manzur e Ronaldo (Heleno); Neto, Maldonado, Cléber Santana, Léo Lima e Kléber; Magnum e Geílson (Wellington Paulista).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo



Nos pênaltis, Santos é eliminado pelo Ipatinga

Um trauma inédito e a desclassificação na Copa do Brasil. Com esse saldo, o Santos se despediu na noite desta quarta-feira da competição nacional ao perder nos pênaltis por 5 a 3 para o Ipatinga, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, no estádio Epaminondas Mendes Brito. No tempo regulamentar, a partida terminou empatada por 1 a 1 , mesmo placar do jogo de ida, na Vila Belmiro.

Além de fraquejar novamente no torneio eliminatório, o time paulista pela primeira vez é eliminado por um adversário que não pertence à elite do Campeonato Brasileiro. Nas sete edições anteriores que participou da Copa do Brasil, o Santos sempre teve como algoz algum rival que figurava entre os melhores clubes do país.

O Ipatinga, porém, modificou tal série, já que disputa a terceira divisão nacional, e ainda interrompeu por mais uma temporada o sonho da equipe alvinegra de faturar o título da Copa do Brasil, conquista inédita em sua história. O máximo que o clube conseguiu foi alcançar as semifinais em 1998 e 2000.

Agora, na próxima fase, o Ipatinga encara o Flamengo na disputa por um lugar na grande decisão. A equipe mineira tenta repetir os feitos de Paulista e Santo André, campeões do torneio em 2005 e 2004, respectivamente, quando surpreenderam os favoritos.

Nesta quarta-feira, o Santos sentiu na pele uma das principais armas do adversário. Afinal, atuando em casa, o Ipatinga ficou sem perder de fevereiro de 2005 a abril deste ano, quando foi superado pelo Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro e ficou com o vice do Estadual.

Com apenas o Brasileiro pela frente nas próximas semanas, o Santos volta todas suas atenções para seu próximo compromisso na competição, neste fim de semana. Pela quarta rodada, a equipe paulista recebe o Fortaleza no estádio Bruno José Daniel, em Santo André, já que ainda cumpre perda de mando de campo.

O jogo

Eliminado se o 0 a 0 persistisse, o Santos entrou em campo desclassificado, como advertiu Luxemburgo durante a semana. Por isso, o time paulista precisou tomar a iniciativa no setor de criação desde o início do confronto, diante de um adversário bem posicionado que explorou as jogadas rápidas.

Com dificuldades para trocar passes próximo à área dos anfitriões, a equipe alvinegra passou a apostar nos cruzamentos, sobretudo com o ala Kleber. Aos 23min, por exemplo, Geílson aproveitou jogada do camisa 3 e cabeceou à esquerda de Rodrigo Posso. O atacante também teve chance em chute pelo meio e em outra bola aérea que ele completou sobre a marcação.

Sem muitas opções, o Santos insistiu nos lances pelas laterais até conseguir abrir o marcador, o que aconteceu aos 23min. Cléber Santana bateu cruzado da direita e Rodrigo Posso rebateu na direção de Kléber, que, dentro da área, finalizou de cabeça para estufar as redes da equipe mineira.

O gol dos visitantes forçou o Ipatinga a se arriscar mais no jogo, mostrando postura mais ofensiva em relação ao início da partida. Enrico, aos 32min, recebeu passe de Anderson Tôto pela esquerda e disparou cruzado. Fábio Costa, em dois tempos, fez a defesa. O avanço dos mineiros deu maior espaço ao Santos, que quase fez o segundo em contra-ataque com Geílson.

Nos últimos minutos, o Ipatinga partiu com maior ímpeto. Aos 40min, Jaílton deu trabalho a Fábio Costa, que desviou forte disparo da entrada da área pela linha de fundo. Dois minutos mais tarde, porém, o goleiro nada pôde fazer. Após escanteio da esquerda, Henrique subiu mais que a defesa e cabeceou no canto esquerdo para deixar tudo igual: 1 a 1.

Na etapa final, a partida ficou aberta desde o começo. A primeira boa chance foi do time mineiro, aos 7min, mas Fábio Costa defendeu chute cruzado da direita e viu a bola tocar em Kléber, que evitou a virada dos anfitriões. Kléber, em cobrança de falta, e Magnum, com cruzamento, tentaram dar o troco, sem sucesso.

Aos 23min, o Santos assustou a torcida mineira. Léo Lima cobrou falta na área, Rodrigo Posso saiu mal do gol e Cléber Santana, livre, cabeceou para fora, desperdiçando ótima oportunidade. Conforme o tempo passou, o time paulista mostrou maior desejo de evitar a disputa por pênaltis, mas encontrou dificuldade para criar chance real de gol.

O Ipatinga também se atirou ao ataque e teve falta perigosa aos 42min, mas Enrico chutou sobre a barreira. Com o placar inalterado, a decisão da vaga foi para os pênaltis.

Nos tiros livres, Marcio Guerreiro abriu a contagem para os mineiros, Léo Lima igualou e André recolocou o Ipatinga em vantagem. Kléber, então, desperdiçou sua cobrança, mantendo o adversário na frente por 2 a 1.

Então, Enrico e Jaílton converteram para o Ipatinga, enquanto Cléber Santana e Wellington Paulista fizeram para o Santos: 4 a 3. Na última cobrança dos anfitriões, Marinho Donizete marcou e fechou o triunfo por 5 a 3, tornando desnecessária a batida de Fábio Costa.

Algozes do Santos na Copa do Brasil:

1996 – Atlético-PR – 1ª fase
1997 – Internacional – oitavas
1998 – Palmeiras – semifinal
1999 – Goiás – 2ª fase
2000 – Cruzeiro – semifinal
2001 – Bahia – 2ª fase
2002 – Internacional – 2ª fase
2006 – Ipatinga – quartas

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