São Caetano 2 x 0 Santos
Data: 29/04/2007, domingo, 16h00
Competição: Campeonato Paulista – Final – Jogo de ida
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo, SP.
Público: 32.136 pagantes
Renda: R$ 553.900,00
Árbitro: Paulo César de Oliveira
Auxiliares: Valter José dos Reis e Carlos Augusto Nogueira Junior
Cartões Amarelos: Zé Roberto (S), Douglas (SC), Fábio Costa (S), Ademir Sopa (SC)
Gols: Luiz Henrique (08-1) e Somália (36-2).
SÃO CAETANO
Luiz; Paulo Sérgio, Thiago, Maurício e Triguinho; Luiz Alberto, Galiardo, Ademir Sopa e Douglas (Marabá); Luiz Henrique (Marcelinho) e Somália (Cláudio).
Técnico: Dorival Júnior
SANTOS
Fábio Costa; Denis (Pedrinho), Adaílton, Antônio Carlos e Kléber; Rodrigo Souto, Maldonado, Cléber Santana (Moraes) e Zé Roberto; Rodrigo Tabata (Jonas) e Marcos Aurélio.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
São Caetano vence Santos e pode ser campeão até com derrota
A imensa maioria da torcida presente no Morumbi neste domingo era composta por santistas. Porém, a festa ficou muito mais próxima do ABC. Com um triunfo por 2 a 0 contra o Santos, o São Caetano garantiu o direito de perder por até um gol de diferença na segunda partida e ainda assim levará a taça do Campeonato Paulista para o Anacleto Campanella pela segunda vez na história.
“Ficou complicado. Precisamos de uma vitória por dois gols de diferença no segundo jogo e isso é sempre difícil. O São Caetano tem uma equipe de muita qualidade e mostrou isso com o desempenho de hoje [domingo], e não apenas pelo resultado”, analisou o zagueiro santista Antônio Carlos.
O placar deste domingo corrobora a queda de rendimento do Santos depois do término da fase de classificação do Campeonato Paulista. Dona da melhor campanha, a equipe alvinegra precisava de quatro empates para ficar com a taça e já havia se garantido na decisão sem vencer (empatou duas vezes com o Bragantino por 0 a 0 na semifinal). Diante do São Caetano, sofreu seu segundo revés na temporada.
“O Santos foi superior ao São Caetano com a bola no pé. Nós jogamos mais e tivemos chances para matar o jogo. O problema é que pecamos nas finalizações e isso aumenta a nossa responsabilidade”, admitiu o goleiro Fábio Costa. “Pressionamos hoje [domingo], mas faltou tranqüilidade na hora de concluir”, concordou o atacante Marcos Aurélio.
Assim como havia acontecido nos confrontos com o Bragantino, o Santos encontrou neste domingo uma equipe extremamente sólida e bem postada na defesa. Desde o início da partida, o São Caetano mostrou eficiência atrás. Quando não foi isso, a atuação inspirada do goleiro Luiz foi suficiente para impedir o êxito do ataque da equipe do litoral.
A diferença entre o Bragantino e o São Caetano é que a equipe do ABC não se limitou a defender. “Nós não podíamos ficar esperando o Santos. Tínhamos de criar e foi isso que eu pedi para a minha equipe. A prioridade era marcar, mas também tínhamos de sair para o jogo”, ponderou o treinador Dorival Júnior.
Júnior, aliás, ficou próximo de confirmar seu excelente retrospecto em competições estaduais. O treinador foi campeão regional com o Figueirense em 2004, com o Fortaleza em 2005 (não ficou até o término da competição) e com o Sport em 2006.
Neste domingo, o São Caetano de Dorival Júnior mostrou que a classificação na semifinal contra o favorito São Paulo não foi a única demonstração de seu potencial. Com muita velocidade, o time do ABC aproveitou duas grandes falhas da defesa do Santos para construir sua vantagem.
“Nós respeitamos demais a qualidade do Santos, que é um dos melhores times do Brasil. Mas chegamos até aqui e queremos conquistar o título. Vamos brigar por isso até o fim, com a mesma garra e a mesma empolgação”, prometeu o zagueiro Thiago, capitão do São Caetano.
A decisão do Campeonato Paulista acontecerá no próximo domingo, também às 16h, novamente no Morumbi. Antes de disputar o título, porém, o Santos precisará pensar na Copa Libertadores. O clube do litoral fará a primeira partida das oitavas-de-final do torneio sul-americano na quarta-feira, em Caracas-VEN, contra o Caracas.
Comentários