Cruzeiro 4 x 0 Santos
Data: 25/05/2008, domingo, 16h00
Competição: Campeonato Brasileiro – 3ª rodada
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, MG.
Público: 19.291 pagantes
Renda: R$ 264.292,50
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF)
Auxiliares: Nilson Alves Carrijo (DF) e Renato Miguel Vieira (DF).
Cartões amarelos: Charles (C); Marcinho Guerreiro e Betão (S).
Gols: Guilherme (18-1); Guilherme (18-2), Wagner (24-2) e Maicossuel (33-2).
CRUZEIRO
Fábio; Marquinhos Paraná, Espinoza, Thiago Heleno e Jadílson (Jonathan); Charles, Fabrício, Ramires e Wagner; Guilherme (Bruno) e Jajá (Maicossuel).
Técnico: Adilson Batista
SANTOS
Fábio Costa; Betão, Fabão, Marcelo e Kléber; Rodrigo Souto, Marcinho Guerreiro, Adriano (Rodrigo Tabata) e Molina (Wesley); Lima (Trípodi) e Kléber Pereira.
Técnico: Emerson Leão
Cruzeiro dá goleada no Santos, mantém 100% e assume liderança isolada
Em uma partida bem disputada, equilibrada na etapa inicial e dominada amplamente pelo mandante, no segundo tempo, o Cruzeiro goleou o Santos, por 4 a 0, na tarde deste domingo, no Mineirão, mantendo o aproveitamento de 100% e assumindo a liderança isolada do Brasileiro, com nove pontos. A equipe paulista, por sua vez, sofreu sua segunda derrota na competição, ficando com três pontos e rendimento de 33,33%.
Cruzeiro e Santos viveram o mesmo drama da eliminação da Libertadores, quando sonhavam com o título internacional, que ambos já sentiram o gostinho de conquistar. A desclassificação celeste, para o Boca Juniors, foi nas oitavas-de-final, enquanto a saída do Santos foi mais recente, aconteceu na última quinta-feira, numa insuficiente vitória sobre o América do México, por 1 a 0, na Vila Belmiro, pelas quartas-de-final.
O Cruzeiro, depois da derrota no Mineirão para o Boca, por 2 a 1 – mesmo resultado do primeiro jogo na Argentina -, só ganhou suas partidas. Derrotou o Vitória, em Salvador, por 2 a 0, e, em casa, bateu o Botafogo, por 1 a 0, e o Santos, por 4 a 0, demonstrando que assimilou o fracasso na Libertadores. Em suas três primeiras partidas no Nacional, o time celeste marcou sete gols e a defesa não sofreu nenhum.
O Santos, que fez sua primeira partida depois da eliminação, mostrou que Leão precisará muito trabalho para conseguir alcançar o objetivo de pelo menos garantir vaga à Libertadores em 2009. A equipe santista encarou o Cruzeiro de igual para igual nos primeiros 45 minutos, mas foi presa fácil para o adversário na etapa final.
No segundo tempo, perdendo por 1 a 0, o Santos tentou buscar o empate e se expôs ao contra-ataque celeste. O Cruzeiro assumiu o controle completo da partida e ampliou o marcador, além de desperdiçar outras boas chances. Antes mesmo dos 30 minutos, a torcida cruzeirense já ensaiava os gritos de “olé”.
O primeiro tempo começou caracterizado pelo equilíbrio. Nos 15 minutos iniciais Fábio e Fábio Costa tinham feito uma defesa difícil cada um e cada time tinha cobrado dois escanteios. Aos 18min, no entanto, a velocidade do jovem ataque celeste, que havia sido comentada antes do início da partida pelo técnico Leão, funcionou e os donos da casa abriram o marcador.
Jajá, artilheiro do Campeonato Mineiro deste ano, emprestado ao Guarani de Divinópolis, e que fez a sua estréia pelo Cruzeiro, deu passe na medida para Guilherme chutar de bico e fazer o quarto gol cruzeirense no Brasileiro e o seu segundo. O gol do time de Adilson Batista mudou o jogo, que se tornou mais aberto, com as duas equipes criando oportunidades para balançar as redes adversárias.
Na melhor tradição de Santos e Cruzeiro, que fizeram jogos empolgantes no passado, como na final da Taça Brasil de 1966, conquistada pelos mineiros, os dois clubes procuraram o gol. Por ironia do destino, coube aos jogadores que ostentam a camisa 10, que há 42 anos eram vestidas por Pelé e Dirceu Lopes, criar e não concretizar as principais oportunidades.
Wagner, o 10 celeste, mandou duas vezes a bola na trave, e Molina chutou para fora a chance do empate do Santos, que finalizou mais que os donos da casa: 10 contra sete. Mas 70% das conclusões do clube paulista foram para fora e nas outras três vezes em que a pontaria foi correta, o goleiro cruzeirense Fábio apareceu bem. O santista Fábio Costa não ficou atrás e fez três difíceis defesas também na etapa inicial.
Os dois times voltaram com mudanças para o segundo tempo. No Cruzeiro, Adilson Batista tirou o lateral-esquerdo Jadílson para a entrada do lateral-direito Jonathan. Dessa forma, o “mil e uma utilidades”, como o treinador define Marquinhos Paraná e que estava na direita, trocou de lado. Já Leão, tirou Molina e colocou Wesley.
O segundo tempo foi marcado pelo domínio cruzeirense e a goleada foi sendo construída naturalmente. Aos 17min, Guilherme recebeu de Jonathan e fez o seu terceiro no Brasileiro e o segundo gol celeste na partida. Sete minutos depois, Wagner fez o terceiro. Após desperdiçar duas chances, Maicosuel, que havia substituído a Jajá, marcou o quarto gol, aos 33min. A partir daí, o time mineiro administrou a folgada vantagem.
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