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Santos 3 x 0 Mogi Mirim
Data: 15/03/2009, domingo, 19H10.
Competição: Campeonato Paulista – 14ª rodada
Local: estádio do Pacaembu, em São Paulo, SP.
Público: 12.703 pagantes
Renda: R$ 276.820,00
Árbitro: Márcio Roberto Soares
Auxiliares: Jumar Nunes Santos e Fabio Aparecido Gomes Ribeiro
Cartões amarelos: Bolaños (S); Luís Henrique, Neguette, Giovanni (MM)
Gols: Ganso (12-1) e Roni (23-1); Neymar (27-2).
SANTOS
Fábio Costa; Luizinho, Fabão, Fabiano Eller e Triguinho; Pará, Germano, Lúcio Flávio e Paulo Henrique Lima (Molina); Roni (André) e Neymar (Bolaños).
Técnico: Vagner Mancini
MOGI MIRIM
Marcelo Cruz; Anderson, Neguette, Thiago Couto (William) e Júlio César; Luís Henrique, Luciano Sorriso, Joelson (Rick) e Giovanni; Marcelo Régis (André Luís) e João Sales.
Técnico: Paulo Campos
Em dia de festa, Neymar marca, Santos vence e volta ao G-4
Estreia de Neymar como titular, retorno de Lúcio Flávio após oito jogos e reencontro de Giovanni com o ex-time. O jogo contra o lanterna Mogi Mirim, na noite deste domingo, no Pacaembu, foi cheio de atrativos para a torcida santista. E a maior promessa da Vila, do alto de seus 17 anos, ofuscou o ídolo, marcando seu primeiro gol como profissional na fácil vitória por 3 a 0, no Pacaembu.
O resultado recolocou o time de Vagner Mancini no G-4 do Campeonato Paulista: chegou à quarta colocação, com os mesmos 27 pontos da Portuguesa, levando a melhor no saldo de gols (7 a 5).
Sem Rodrigo Souto, Roberto Brum e Madson, todos suspensos, Mancini surpreendeu ao escalar Paulo Henrique Lima na armação e deslocar o lateral-direito Pará para a cabeça-de-área, ao lado de Germano.
Apesar da falta de experiência, Neymar e Paulo Henrique Lima não decepcionaram e protagonizaram as principais chances do primeiro tempo. Entrosada desde as categorias de base, a dupla compensou a inibição de Lúcio Flávio, que, sem ritmo, pouco participou do jogo. Irritada com o futebol discreto do meia, a torcida gritou por Molina antes mesmo do fim do primeiro tempo.
Mancini insistiu com o camisa 10 e acertou. Lúcio Flávio voltou acordado para a etapa final e ajudou a equipe a acertar duas bolas na trave em pouco mais de cinco minutos.
A pressão surtiu resultado: aos 12min, Paulo Henrique Lima redimiu-se de uma chance perdida frente a frente com o gol no primeiro tempo e desviou um chute de Germano para a rede.
Com toques rápidos e muita movimentação, o Santos envolvia facilmente a zaga do Mogi. E pelo segundo jogo consecutivo Roni mostrou que, apesar do 1,71m, sabe resolver pelo alto. Como no empate com o Paulista, ele recebeu cruzamento, desta vez de Luizinho, entre os zagueiros e cabeceou com estilo, ampliando.
Ficou fácil demais. Aos 27min, mudou o lado, mas a jogada foi a mesma: Roni levantou da esquerda e Neymar mergulhou de cabeça para marcar. Era o que faltava para tornar completa a festa no Pacaembu.
O próximo compromisso da equipe de Mancini no Paulista será o clássico contra o Corinthians, domingo, novamente no Pacaembu. Antes disso, há o confronto com o Rio Branco-AC, quarta-feira, na Vila Belmiro, pela primeira fase da Copa do Brasil. Vencedor do primeiro jogo por 2 a 1, o Santos pode até perder por 1 a 0 que se classifica.
Torcida faz festa no Pacaembu para receber Giovanni
Jogador do Mogi Mirim que teve passagem brilhante pelo Santos é aplaudido pelo público no estádio
Nenhum jogador do Santos foi tão aplaudido pela torcida quanto o camisa dez do Mogi Mirim. Andando pelo gramado do Pacaembu, o palco da mítica vitória por 5 a 2 sobre o Fluminense, em 1995, Giovanni Silva de Oliveira, o “Messias” dos seguidores do time do litoral, olhava para as arquibancadas e via diversas demonstrações de reverência a seu talento.
Torcedores que se autointitulam “Testemunhas de Giovanni”, como Pablo Gorbon Lerner, de 46 anos, que estava no Pacaembu naquele 10 de dezembro de 1995 e levou neste domingo o filho Eduardo, de 19, para ver o ídolo. “Aquele jogo é inesquecível, indescritível”, disse Lerner. “Eu tinha cinco anos na época, mas sei da importância do Giovanni para nós, santistas”, emendou Eduardo.
Acima do portão principal do estádio via-se a faixa “10.12.95”. Ao lado, outra dizia “Giovanni, ídolo eterno”. A camisa dez era obviamente a mais popular e algumas carregavam o nome do “Messias” nas costas. “É o ídolo de uma geração que não viu o time ser campeão, mas percebeu nele a retomada da grandeza daquele Santos de antigamente”, disse Anílton Luiz Perão, de 50 anos, que também estava presente naquela semifinal de Brasileirão contra o Flu. “Eu me arrepio só de lembrar. E olha que eu estava vendo pela tevê”, completou Paulo Henrique Peres, de 39.
Os dois esperam que a diretoria organize um jogo de despedida para Giovanni. “Se fizeram para aquele careca que nunca fez nada pelo Santos e virou diretor do Corinthians, por que não fazer para o Giovanni?”, indagou Anílton, referindo-se ao ex-zagueiro Antonio Carlos.
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