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27/11/2005 – Santos 2 x 1 Botafogo – Campeonato Brasileiro

Santos 2 x 1 Botafogo

Data: 27/11/2005, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 41ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 3.590 pagantes
Renda: R$ 130.000,00
Árbitro: Giulliano Bozzano (DF)
Auxiliares: Renato Miguel Vieira e Enio Ferreira de Carvalho (ambos do DF)
Cartões amarelos: Frontini, Giovanni, Paulo César, Wendel, Geílson e Fabinho (S); Reinaldo, Ruy, Rafael Marques e Ramon (B).
Cartão vermelho: Scheidt (B)
Gols: Geílson (13-1); Rogério (06-2) e Ruy (46-2).

SANTOS
Mauro; Paulo César (Wendel), Rogério, Luiz Alberto e Kleber; Fabinho, Rossini (Léo Lima), Bóvio (Luciano Henrique) e Giovanni; Geílson e Frontini.
Técnico: Serginho Chulapa

BOTAFOGO
Lopes; Ruy, Rafael Marques, Scheidt e Oziel; Thiago Xavier (Zé Roberto), Diguinho, Juca e Ramon (Asprilla); Caio (Ricardinho) e Reinaldo.
Técnico: Celso Roth



Santos bate Botafogo e vai à Copa Sul-Americana

O desinteresse do Santos foi superior à empolgação do Botafogo nesta 41ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na tarde deste domingo, na Vila Belmiro, a equipe paulista venceu a carioca por 2 a 1, garantiu vaga na Copa Sul-Americana e deixou o lugar do rival na competição ameaçado.

Com este resultado, o clube santista chegou aos 59 pontos, na nona colocação, e não pode mais ficar fora dos onze primeiros. Já o Botafogo segue com 56 pontos, precisando da vitória na última rodada para garantir-se no certame internacional sem depender de outros resultados.

Sem apresentar um futebol empolgante, ambas as equipes fizeram um duelo de fraco nível técnico, mas que representou ao Santos o fim de um jejum de seis partidas sem vencer (a última vitória havia sido sobre o Vasco, em 26 de outubro) e de três sem marcar gols (o último grito de gol santista tinha acontecido na vexatória derrota por 7 a 1 para o rival Corinthians).

“Faltou um pouco mais de capricho nas finalizações. Criamos muitas oportunidades de gols, mas fiquei chateado porque poderíamos ter construídos um placar até melhor”, declarou o técnico interino do Santos, Serginho Chulapa.

Do lado do Botafogo, a derrota comprovou a irregularidade do time nesta reta final de Nacional. Tal oscilação vem impedindo que o time carioca garanta de vez vaga na Copa Sul-Americana. Há seis rodadas, o clube vence uma partida e perde a seguinte – a última seqüência de duas vitórias aconteceu em outubro, quando passou por Coritiba e Ponte Preta.

“Taticamente fizemos uma boa partida, mas tecnicamente nem tanto”, avaliou o comandante do Botafogo, Celso Roth.

A partida desta tarde marcou também o retorno do Santos à Vila Belmiro depois da punição recebida do STJD por causa da invasão no clássico remarcado contra o Corinthians. Só que a recepção da torcida não foi tão boa, já que diversos protestos aconteceram na arquibancada.

Santos e Botafogo encerram suas participações neste Campeonato Brasileiro no próximo domingo, dia 4 de dezembro, às 16h. O time paulista encara o Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Já a equipe carioca recebe o Fortaleza, no Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro.

O jogo

O desinteresse do Santos contagiou o primeiro tempo da partida deste domingo contra o Botafogo. Apesar do maior ímpeto ofensivo do time carioca no começo do jogo, as chances não apareceram e os primeiros dez minutos foram sonolentos e de baixo nível técnico.

Aos 11min, porém, o atacante Geílson foi oportunista e abriu o placar na Vila Belmiro. Após cruzamento rasteiro de Kleber pela esquerda, o jogador se antecipou ao zagueiro Scheidt e desviou para o gol. O botafoguense negou a falha e elogiou o santista: “Foi mérito dele”.

O gol não mudou em nada o panorama da partida. O Santos continuou apresentando um futebol nada empolgante, e o Botafogo tocando melhor a bola, mas sem criatividade para chegar ao gol adversário. “Precisamos de um pouco mais de rapidez” analisou o meia Ramon, no intervalo.

A única chance mais real de gol do alvinegro carioca aconteceu aos 17min, quando o lateral-direito Ruy avançou pela ponta e cruzou para Reinaldo. Antes que o atacante chegasse na bola para cabecear, o goleiro Mauro afastou o perigo.

Na segunda etapa, o técnico interino do Santos, Serginho Chulapa, fez duas alterações: entraram Wendel e Léo Lima nos lugares de Paulo César e Rossini, respectivamente. E a equipe paulista foi para o ataque logo de cara. Mas o inusitado é que foi com a dupla de zaga.

Logo aos 6min, Luiz Alberto fez ótima jogada pela esquerda e cruzou para a pequena área. O atacante Frontini furou e o defensor Rogério, sem marcação alguma, chutou forte cruzado, sem chances para o goleiro Lopes.

Com o domínio da segunda etapa, o time da Vila Belmiro passou a atacar mais e manter o rival no campo de defesa. A situação do Botafogo se complicou ainda mais aos 22min, quando o zagueiro Scheidt fez falta em Léo Lima e levou o cartão vermelho.

Depois disso, porém, o Santos se acomodou com o resultado e administrou a posse de bola. O Botafogo recompôs a defesa com a entrada de Asprilla no lugar de Ramon, perdeu criatividade no meio-de-campo e conseguiu reagir apenas aos 46min, com gol de Ruy. Mas já era tarde.

Ovada da torcida

Irritada com a seqüência de maus resultados do Santos, que antes desta vitória sobre o Botafogo vinha de seis jogos sem vencer, a torcida santista protestou de maneira nada civilizada neste domingo.

No intervalo da partida, alguns torcedores arremessaram ovos contra os jogadores do Santos que caminhavam para o vestiário. “Temos de ficar tranqüilos em campo. E a torcida também tem que ficar tranqüila na arquibancada”, comentou o zagueiro Luiz Alberto.

Romildo Correa dá adeus

Citado por Edílson Pereira de Carvalho como um dos possíveis árbitros envolvidos com a máfia do apito, Romildo Correa encerrou a carreira de forma surpreendente, nesta tarde de domingo, na Vila Belmiro.

Aos 25min do segundo tempo, ele adentrou ao gramado, retirou o uniforme de cor azul que carregava o emblema da CBF, o estendeu no centro do gramado e dirigiu-se aos vestiários.

Por baixo, Correa vestia uma outra camisa com as seguintes frases: “Romildo: inocente, mas punido” e “CBF e FPF: chega”.

“Estou enojado. Fui afastado sem ter cometido nenhuma irregularidade. A arbitragem está manchada. Estou deixando o futebol por isso”, afirmou Correa, que foi afastado pela CBF à época da acusação e só voltou a trabalhar neste final de semana como quarto árbitro.


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