14/10/2006 – Botafogo 4 x 3 Santos – Campeonato Brasileiro

Botafogo 4 x 3 Santos

Data: 14/10/2006, sábado, 18h10.
Competição: Campeonato Brasileiro – 29ª rodada
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, RJ.
Público: 8.794 pagantes
Renda: R$ 116.938,00
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS-Fifa)
Auxiliares: José Otávio Dias Bitencourt e José Antônio Chaves Franco Filho (ambos do RS).
Cartões amarelos: Asprilla (B); Ronaldo Guiaro, Wellington Paulista, Heleno e Carlinhos (S).
Gols: Asprilla (19-1), Kleber (31-1) e Reinaldo (43-1); Wellington Paulista (06-2), Reinaldo (33-2), Zé Roberto (38-2) e Juca (40-2).

BOTAFOGO
Max; Asprilla, Juninho e Rafael Marques (Thiaguinho); Joílson, Diguinho (Juca), Claiton, Zé Roberto e Junior Cesar; Wando (Marcelinho) e Reinaldo.
Técnico: Cuca

SANTOS
Felipe, Luiz Alberto, Ronaldo Guiaro e Manzur (Rodrigo Tabata); Paulo, Heleno (Carlinhos), Cléber Santana, Zé Roberto e Kléber; Wellington Paulista e Rodrigo Tiuí (Reinaldo).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo



Em jogo dramático, Botafogo derrota o Santos

O sonho do Santos em conquistar o Campeonato Brasileiro de 2006 ficou ainda mais distante. Mas o do Botafogo, em se livrar do rebaixamento, mais próximo de acontecer. Em jogo emocionante na noite deste sábado, pela 29ª rodada do certame, no Maracanã, os cariocas levaram a melhor e venceram por 4 a 3, com dois gols no fim.

“A gente não se despediu do título ainda porque não acabou a competição, mas ficou muito distante. O São Paulo está bem estruturado e deve ganhar o Brasileiro”, admitiu o técnico do time paulista, Vanderlei Luxemburgo.

O resultado deixa o Santos estagnado nos 49 pontos, agora dez atrás do líder São Paulo, que derrotou o Juventude nesta noite, e dois atrás do Grêmio, que venceu o São Caetano e roubou a vice-liderança. Faltando apenas nove rodadas para o fim da competição, a tarefa santista ficou dramática.

Ainda mais se a defesa continuar falhando da forma como falhou diante do Botafogo. Sem poder contar com o lateral-direito Denis, que está machucado e só volta aos gramados no ano que vem, Luxemburgo escalou o Santos no 3-5-2 e colocou o jovem Paulo na ala direita.

“A opção pelo terceiro zagueiro é para o menino [Paulo] não ficar exposto”, explicou antes da partida o treinador.

Contudo, não foi o que aconteceu. Nervoso, Paulo levou a pior no duelo com Júnior César e não conseguiu conter o ímpeto ofensivo do ala-esquerdo carioca. Além disso, os zagueiros não deram a cobertura necessária e ainda foram muito mal na bola aérea.

Nem mesmo a boa entrada de Reinaldo – que não jogava havia mais de dois meses – no segundo tempo foi capaz de evitar a derrota. O jogador retornou bem, deu passe para um gol e marcou outro, mas insuficientes devido aos muitos erros defensivos.

Alheio aos problemas paulistas, o Botafogo, em partida brilhante, fez sua parte e pulou para os 40 pontos, se firmando no grupo dos classificados para a Copa Sul-Americana e afastando o medo do técnico Cuca em ser rebaixado.

Durante a semana, o treinador disse que o time carioca tinha de se preocupar apenas em não cair, para depois pensar em alçar vôos maiores. Com o triunfo desta noite, o Bota abre oito pontos de vantagem em relação ao Corinthians, que tem um jogo a menos e encabeça a zona do descenso.

“Esses três pontos são muito importantes e aliviam bem a nossa situação, mas só quando a gente chegar aos 47 estaremos tranqüilos. A partir daí as coisas vão começar a fluir com mais naturalidade”, disse Cuca, após o jogo.

“Foi uma vitória que lava a alma do torcedor e tem o gostinho de um título. Foi uma partida memorável e que com certeza a nossa torcida não vai esquecer tão cedo”, completou o treinador.

Os times voltam a jogar somente no próximo fim de semana. No sábado, o Santos receberá o Figueirense às 18h10, na Vila Belmiro. No dia seguinte, o Botafogo enfrenta o São Caetano, novamente no Maracanã, às 18h10.

O jogo

O Botafogo começou pressionando o Santos e antes dos 10min Wando e Juninho, em chutes de fora da área, assustaram. Apesar de acuado, os visitantes contaram com o talento de Zé Roberto para levar perigo. Aos 16min, o meia deu passe de calcanhar e deixou Kléber na cara do gol, mas Max defendeu.

O troco carioca veio aos 19min, com mais eficiência. Júnior César levantou na área e Asprilla apareceu sozinho no meio dos defensores paulistas para cabecear forte e abrir o placar.

Mesmo mal posicionado, o Santos contou com boa jogada individual de Wellington Paulista para empatar. Aos 31min, o atacante invadiu a área, driblou Juninho e chutou cruzado. Max espalmou para frente e Kléber pegou de primeira, marcando com categoria.

Entretanto, aos 43min a defesa paulista voltou a vacilar. Júnior César chegou sem marcação à linha de fundo e cruzou no meio da área. Reinaldo subiu mais que a defesa do Santos e cabeceou no canto esquerdo de Felipe. A bola ainda chegou a tocar na trave antes de entrar.

Irritado com a atuação de seu time, o técnico Vanderlei Luxemburgo fez duas alterações no intervalo e desmanchou o esquema 3-5-2. O treinador tirou o zagueiro Manzur e o atacante Rodrigo Tiuí, colocando o meia Rodrigo Tabata e o centroavante Reinaldo.

“Estou bem fisicamente e com muita vontade de jogar. Espero ajudar o time a virar esse jogo”, disse Reinaldo, que não atuava desde o dia 6 de agosto, devido a uma lesão no joelho.

E foi Reinaldo que aproveitou bobeira de Diguinho e, em lindo passe, logo aos 6min, deixou Wellington Paulista na cara do gol. O atacante não perdoou Max e empatou o jogo, com chute forte, no alto, entre o goleiro e a trave.

Empolgado, o Santos quase virou aos 11min, quando Kleber entrou cara a cara com Max e chutou rasteiro, mas o goleiro defendeu com os pés. Aos 20min, Max novamente salvou o Botafogo, defendendo chute à queima-roupa de Ronaldo Guiaro.

O Bota só foi assustar aos 24min, em outra bola alçada na área do Santos. Felipe saiu mal e Reinaldo desviou de cabeça, mas Carlinhos, em cima da linha, impediu o gol.

Mas, aos 34min, em contra-ataque, Zé Roberto deixou Reinaldo na cara do gol. O atacante tocou com categoria e virou o jogo para o Santos.

Contudo, a alegria paulista durou apenas quatro minutos. Em novo cruzamento na área do Santos, Zé Roberto subiu sem marcação e empatou o jogo. A igualdade deu novo ânimo aos donos da casa e Juca levou ao delírio os torcedores aos 40min.

Em cobrança de falta da intermediária, o volante chutou forte, no meio do gol, mas o goleiro Felipe foi mal no lance e permitiu a virada carioca.

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