Santos 4 x 2 Grêmio
Data: 04/11/2001, domingo, 16h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 1ª fase – 21ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 6.231 pagantes
Renda: R$ 52.080,00
Árbitro: Luciano Augusto Teotônio de Almeida (DF)
Cartões amarelos: Galván e Valdir (S); Marinho, Nenê, Pedrinho, Itaqui, Luís Mário e Fábio de Los Santos (G).
Gols: Marcelinho Carioca (09-1), Viola (20-1), Canindé (24-1), Marcelinho Carioca (33-1) e Luís Mário (34-1); Fábio de Los Santos (23-2).
SANTOS
Fábio Costa; Preto, Galván (Pereira, 42-2) e Cléber; Valdir, Renato, Marcelo Silva, Canindé (Elano, 28-2) e Léo; Marcelinho Carioca e Viola.
Técnico: Cabralzinho
GRÊMIO
Danrlei; Marinho Nenê e Roger; Pedrinho (Rafael, 33-2), Émerson, Itaqui (Fábio de Los Santos, 00-2), Zinho e Rubens Cardoso; Luís Mário e Cláudio Pitbull (Rodrigo Fabri, 00-2).
Técnico: Tite
Marcelinho Carioca marca dois e reabilita o Santos na Vila
Vitória por 4 a 2 sobre o Grêmio alivia clima de tensão sobre jogadores
Os primeiros gols de falta de Marcelinho no Santos surgiram no momento decisivo, e o time da Baixada Santista reabilitou-se no Brasileiro, ao vencer o Grêmio por 4 a 2 na Vila Belmiro.
Além de melhorar a classificação do time, a vitória amenizou o clima de pressão que a derrota da última semana, para o Corinthians, provocou nos jogadores.
Na partida de ontem, o Santos tomou a iniciativa com Marcelinho e Canindé, responsáveis pelas jogadas ofensivas da equipe. Com dois volantes com características ofensivas, o Santos começou marcando a saída de bola do Grêmio.
Explorando as laterais e atraindo a atenção dos zagueiros adversários, aos 6min, Marcelinho cobrou falta com efeito, e Danrlei espalmou. Três minutos depois, o mesmo Marcelinho cobrou outra falta, Danrlei falhou, e o Santos marcou o primeiro gol da partida.
O gol deu tranquilidade para a equipe santista tocar a bola, e, aos 20min, no lançamento de Cléber, o zagueiro Lelê falhou. A bola sobrou para Viola, que invadiu a área e chutou forte no canto.
Atordoado em campo, o Grêmio sentiu a falta de um articulador de jogadas no meio-campo.
Aos 23min, uma jogada entre Marcelinho e Viola quase resultou em gol. Um minuto depois, Canindé recebeu pela direita, livrou-se do zagueiro e chutou com o pé esquerdo.
Danrlei estava adiantado, e a bola bateu primeiro no travessão, depois no chão e entrou.
O Grêmio criou a primeira oportunidade de gol com o meia Zinho cobrando falta.
Aos 32min, o Santos ampliou. Marcelinho cobrou falta pela esquerda, a bola resvalou no zagueiro Marinho e tirou o goleiro Danrlei da jogada. Foi o segundo gol de Marcelinho na partida.
A torcida ainda fazia festa na arquibancada quando o Grêmio foi à frente e Luiz Mário aproveitou o vacilo da zaga rival para diminuir.
No segundo tempo, o Santos procurou administrar o marcador, criando a primeira jogada de perigo aos 9min, em uma cabeçada de Viola. Aos 21min, Preto cometeu falta em Luiz Mário. Zinho cobrou rápido para Delosantos, que chutou de pé esquerdo. A bola desviou em Galván e entrou.
A equipe gaúcha melhorou a marcação no meio-campo e o toque de bola, criando boas oportunidades. No entanto, esbarrou na atuação segura de Fábio Costa.
Com a derrota, o Grêmio perdeu uma invencibilidade de 12 jogos no Brasileiro. A última derrota tinha sido para a Ponte Preta, por 3 a 2, em agosto.
Para o técnico Tite, a equipe foi surpreendida com os gols no primeiro tempo, além da marcação forte e consistente do Santos.
Meia se redime contra seu rival “preferido”
O Grêmio sempre foi um adversário que trouxe alegria para Marcelinho. Quando jogava no Corinthians, marcou um gol que deu o título da Copa do Brasil, de 1995, em cima da equipe gaúcha em pleno estádio Olímpico, em Porto Alegre.
Dessa vez, com a camisa do Santos, foi justamente contra o Grêmio que Marcelinho marcou o gol exigido pela torcida.
“O Grêmio faz parte da minha história vencedora. A galera cobrava os gols de falta, e fiz dois. Eles sempre aparecem nos momentos mais importantes. A vitória de hoje [ontem” é a arrancada do Santos no Brasileiro”, disse Marcelinho.
O atacante Viola, que voltou a marcar gols -o 10º no campeonato-, também sentiu-se aliviado com a vitória. “Sabíamos da nossa responsabilidade, e essa vitória traz tranquilidade. O grupo provou que tem competência. Teve garra, honrou a camisa. A pressão da torcida é compreensível, mas sabíamos do nosso potencial.”
Antes do início da partida, a torcida não gritou o nome de Viola, optando pelo coro: “Viola, joga bola e vai embora”.
O próximo jogo do Santos será contra a Lusa, na quinta, no Canindé. O técnico Cabralzinho não contará com o zagueiro Galván, suspenso.
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