20/01/2005 – Santos 5 x 1 Portuguesa – Campeonato Paulista

Santos 5 x 1 Portuguesa

Data: 20/01/2005, quinta-feira, 20h30.
Competição: Campeonato Paulista – 1ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 11.739 pagantes
Renda: R$ 138.350,00
Árbitro: Salvio Spinola Fagundes Filho.
Cartões amarelos: Rafael Costa e Alexandre (P)
Gols: Deivid (24-1), Deivid (33-1); Robinho (23-2), Robinho (26-2), Deivid (31-2) e Welliton (42-2).

SANTOS
Mauro; Flávio, Antônio Carlos (Domingos), Ávalos e Léo (Zé Elias); Fabinho, Ricardinho e Elano; Robinho, Basílio (Fabio Baiano) e Devid.
Técnico: Oswaldo de Oliveira

PORTUGUESA
Fava; Rafael Costa, Nenê, Alexandre Lopes e Wilton Goiano; Ronildo, Alexandre (Célio), Almir e Rodriguinho; Wesley (Fabrício) e Welliton.
Técnico: Zé Teodoro



Santos estréia com show e goleada

O Santos começou 2005 com um show. Brincando, o time da Vila Belmiro goleou a Portuguesa por 5 a 1 nesta quinta-feira. Foram três gols de Deivid, dois de Robinho e um festival de lances de efeito de todos os jogadores dos donos da casa, que fizeram questão de expor a diferença técnica entre as duas equipes.

Foi o reencontro perfeito entre o Santos e sua torcida. O time não jogava em casa desde o dia 10 de novembro do ano passado, quando perdeu para a LDU por 2 a 1 e foi eliminado da Copa Sul-Americana.

Além disso, outro reencontro foi entre Santos e Portuguesa. O último confronto entre as duas equipes no Campeonato Paulista aconteceu no dia 17 de fevereiro de 2001, também na Vila Belmiro. Naquela ocasião, os donos da casa golearam por 4 a 0.

O confronto desta quinta-feira marcou a estréia do técnico Oswaldo de Oliveira no comando do Santos. Ele assumiu depois da saída de Wanderley Luxemburgo, que foi para o Real Madrid. Além disso, o volante Fábio Baiano também fez sua primeira partida com a camisa do clube paulista.

Na Portuguesa, muitos jogadores também estrearam. O ponto negativo é que o clube do Canindé não pôde escalar o goleiro Gléguer. O jogador foi vetado por problemas na documentação e foi substituído por Fava.

O gol do time do Canindé foi marcado pelo centroavante Whelliton. Muito fraco tecnicamente, ele aproveitou um cruzamento de Silas aos 43min do segundo tempo e tocou de cabeça para diminuir a vantagem do Santos.

As duas equipes voltam a campo no próximo domingo. O Santos viaja até Campinas e joga contra a Ponte Preta, que na primeira rodada perdeu para o São Caetano por 1 a 0. O adversário da Portuguesa, no Canindé, é o Guarani.

O jogo

A partida começou com cara de surpresa. Ousada, a Portuguesa partiu para cima e conseguiu pressionar o Santos. Entretanto, a Rubro-Verde esbarrou na falta de recursos técnicos de seus atacantes e os donos da casa conseguiram conter os avanços adversários.

A primeira oportunidade, por exemplo, foi da Portuguesa. Logo aos 3min, Whelliton aproveitou um descuido da defesa santista, invadiu a área com a bola dominada e chutou cruzado, mas a bola passou à esquerda do goleiro Mauro.

A Portuguesa voltou a assustar aos 17min. E de bola parada. Wesley cobrou falta da meia esquerda e Mauro teve muito trabalho para desviar para escanteio.

Atordoado com a pressão imposta pela Portuguesa nos minutos iniciais, o Santos só reagiu aos 23min. Quando foi ao ataque, porém, o time da casa expôs a fragilidade da defesa dos visitantes. Robinho recebeu lançamento na esquerda, passou o pé sobre a bola e cruzou rasteiro. Alexandre Lopes não conseguiu cortar e a bola sobrou para Deivid, que apenas tocou de pé direito para abrir o placar.

Depois do gol, a Portuguesa ainda tentou reagir. Para isso, contou com uma grande colaboração do goleiro Mauro. Aos 28min, ele tentou cortar uma cobrança de escanteio de Ronildo e largou a bola nos pés de Whelliton. Dentro da pequena área, o centroavante bateu de primeira e mandou a bola à direita da meta.

Mas a chance perdida foi apenas um lampejo. Depois disso, a Portuguesa assumiu a condição de inferioridade técnica e se retraiu. Com isso, passou a apenas observar o toque de bola envolvente do Santos, que administrou a vantagem com muita eficiência.

E no toque de bola, o Santos conseguiu ampliar a vantagem. Aos 33min, Elano recebeu lançamento dentro da área e chutou cruzado. O goleiro Fava não segurou e o rebote ficou com o atacante Deivid. Dentro da pequena área, ele tocou de pé direito para o gol aberto e fez o segundo dos donos da casa.

Pronto, a Portuguesa estava morta. O Santos percebeu isso e parou em campo. A equipe administrou a má condição física e não se cansou. Pelo contrário, fez a bola (e os adversários) correrem muito.

O técnico Zé Teodoro ainda tentou mudar a Portuguesa no segundo tempo. Durante o intervalo, trocou o atacante Wesley pelo meia Fabrício. Mas a alteração não surtiu efeito. O Santos continuou extremamente superior em campo.

Tocando a bola de um lado para outro, parecia que o Santos faria mais gols quando quisesse. E realmente, os donos da casa passaram a abusar de lances de efeito. Aos 9min, por exemplo, Deivid levantou para a área e a bola encontrou Basílio. O camisa 10 tentou um toque por cobertura, mas a bola passou perto do travessão.

O Santos teve nova oportunidade aos 16min. Flávio recebeu na linha de fundo e cruzou rasteiro. No primeiro pau, Deivid desviou de pé direito e mandou por cima do gol de Fava.

De tanto insistir, contudo, o Santos fez o terceiro aos 23min. Elano cruzou da direita, Deivid ajeitou de cabeça e Robinho chutou de primeira. Fava não segurou e o próprio Robinho aproveitou o rebote para empurrar para as redes.

Robinho, o grande nome do jogo no segundo tempo, voltou a marcar aos 26min. Desta vez, Elano recebeu bom passe de Fábio Baiano e cruzou para a área. O camisa 7, completamente livre, desviou de cabeça e fez o quarto gol dos donos da casa.

O Santos estava impossível. Aos 28min, Fábio Baiano tabelou com Elano e cruzou para Deivid. O atacante bateu de primeira e perdeu uma excelente oportunidade de aumentar a goleada.

Mas a Portuguesa não resistiu por muito tempo. O Santos voltou a marcar aos 30min, novamente com Deivid. Elano dominou no meio e lançou o camisa 9 nas costas da defesa. Com tranqüilidade e categoria, ele desviou de cabeça e matou o goleiro Fava.

Pronto, a festa do Santos estava completa. Nos últimos 15 minutos, o time da casa premiou os torcedores que estiveram na Vila Belmiro com muitos toques de efeito e a Portuguesa sequer encostou na bola.

A festa só não foi completa porque a Portuguesa conseguiu diminuir a vantagem do Santos. Aos 43min, Silas recebeu na direita e levantou para a área. Whelliton subiu mais que a defesa da casa, cabeceou no canto e venceu o goleiro Mauro.

Lesão pode tirar zagueiro Antonio Carlos por 3 meses

Se houve tristeza no reencontro da torcida com o time campeão brasileiro, ficou por conta de Antonio Carlos. Em jogo que considerava sua reestréia no Santos, o zagueiro sofreu uma contusão no músculo adutor da coxa direita e deixou o campo aos 19min do primeiro tempo, chorando de dor.

Hoje ele será submetido a um exame de ressonância magnética para diagnosticar a gravidade da lesão e calcular a recuperação.

“Pode ser preciso cirurgia, e a recuperação pode levar até três meses”, disse ontem o médico do clube do litoral, Carlos Braga, lembrando que o jogador teve o mesmo tipo de lesão em 2004.

No ano passado, o zagueiro sofreu várias contusões que o afastaram três meses dos gramados. Contratado em agosto durante o Brasileiro-04 como aposta do técnico Vanderlei Luxemburgo para dar segurança à zaga, Antonio Carlos jogou apenas sete partidas. No mês seguinte já havia se lesionado. Em outubro, ele foi operado para retirar um cisto do músculo adutor.

Apesar da tristeza, o sentimento no fim era de surpresa com o bom resultado no início de temporada.

Para o volante Fabinho, mesmo não tendo um tempo ideal para a estréia, “se o time empatasse ou perdesse não era desculpa”. “O Santos joga sempre para vencer.”

O lateral Léo foi um dos mais surpresos com a apresentação. “Achei que não teríamos gás. Isso já mostra a pegada que teremos neste ano.” Já Robinho disse que, mesmo respeitando a Portuguesa, o time soube se impor.



Santos volta à Vila e tenta domar chinelos

Após mais de dois meses longe de seu estádio, clube estréia no Paulista e busca coibir “herança cultural” de torcedores

Após mais de dois meses longe da Vila Belmiro, devido a punições impostas pelo STJD no Brasileiro-04, o Santos volta hoje a seu estádio para estrear no Paulista, contra a Portuguesa, disposto a sepultar o principal artefato de protesto do torcedor: o chinelo.

Para coibir essa tradição, a diretoria não vai proibir o calçado, mas sim reforçar o esquema de segurança. A Vila contará nas arquibancadas com quase 30 espiões dedos-duros disfarçados.

Além disso, haverá alertas nos alto-falantes, pedindo ao torcedor para delatar os baderneiros. Também serão distribuídos panfletos.
“Torcedor, certas atitudes levam o seu time à derrota na Justiça desportiva. Denuncie, defenda o seu time”, diz o texto do folheto.

“Uma vez recolhi um saco de lixo repleto de chinelos. Eram muitos. Acabei distribuindo entre os funcionários e moradores de rua”, contou Waldir Gonçalves, 72, gerente-geral do estádio.

Agora, o objetivo da diretoria é provar que neste Estadual o Santos está tomando medidas preventivas de segurança para deter o torcedor infrator, assim como pede o artigo 211 e o 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que ainda prevê uma multa entre R$ 50 mil e R$ 500 mil.

A postura de delatar o culpado foi a que faltou ao time no último Nacional, quando chinelos, um rojão, copos d’água e até uma garrafa de refrigerante lançados pela torcida levaram o Superior Tribunal de Justiça Desportiva a punir o Santos com seis limitações no mando de campo, tendo de cumprir a última no Nacional deste ano, a 150 km da Vila Belmiro.

“Se jogássemos em casa, talvez não tivéssemos sofrido tanto para chegar ao título”, disse Elano.

Já para o presidente da maior organizada do clube, a Torcida Jovem, Valdir da Silva, o Konguinho, atirar chinelos é um mal menor. Segundo ele, os chinelos na Vila são como as touradas na Espanha, uma herança cultural.

“Lá o touro é ferido, mas ninguém reclama e até aplaude. Aqui na Vila é a mesma coisa. Eles querem eliminar a cultura do chinelo, que não machuca e é uma forma de protesto. Santos é uma cidade praiana, as pessoas só andam de sandálias. No dia em que o time entrar mal, será difícil controlar a torcida e haverá chinelos no campo, mas vamos tentar impedir isso”, disse Konguinho.

O que poucos sabem é que o torcedor também pagará indiretamente por seus atos a partir de agora. Se o clube for punido no Paulista pelo TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) ou pelo STJD, pode atuar na sua cidade, mas vai jogar em outro campo e com portões fechados ao público.

O Santos não atuava na Vila desde 10 de novembro, quando perdeu para a LDU, do Equador, por 2 a 1, e ficou de fora das semifinais da Copa Sul-Americana. Pelo Brasileiro, jogou a última vez em casa em 16 de outubro, na vitória por 4 a 0 sobre a Ponte Preta.


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